segunda-feira, 10 de julho de 2017

A NOVA LEI DA NACIONALIDADE PORTUGUESA ENTROU EM VIGOR


A nova lei da nacionalidade Portuguesa foi considerada valida a partir do dia 2 de julho, nesta lei, fica claro que a pátria é a língua portuguesa, pois todos os netos de portugueses que vivam em países com língua portuguesa têm o processo de obtenção da nacionalidade facilitado. Esta lei demorou dois anos a ser regulamentada, mas entrou finalmente em vigor.
No decreto-lei 71/2017, uma das mudanças mais significativas reside justamente na redefinição do conceito de ligação à comunidade, agora ligada ao conhecimento da língua portuguesa. "Esse conhecimento deve presumir-se quando o interessado seja natural e nacional de país que tenha o português como língua oficial há pelo menos 10 anos", situação em que "fica dispensado de comprovar o conhecimento da língua portuguesa". Segundo o documento, esta alteração vem corrigir um "obstáculo administrativo dificilmente compreensível, agilizando-se o procedimento.”.
"Este foi um aspeto que gerou muita discussão", reconhece Gonçalo Matias, professor da Universidade Católica Portuguesa. "Porém, neste momento, basta ser-se nacional de um país onde se fale português para que a ligação à comunidade esteja provada", continua o jurista. No caso dos netos de portugueses que gozem desta situação, a atribuição de nacionalidade encontra-se facilitada em comparação à dos descendentes naturais de países com outras línguas oficiais. Para estes, a ligação à comunidade terá de ser validada por meio de um teste de português - como, aliás, já acontece com muitos dos estrangeiros residentes em Portugal que pretendam naturalizar-se.
Esta ligação à comunidade com base na língua vem "reforçar os laços e prever um regime mais favorável de aquisição da nacionalidade por parte dos nacionais de países da CPLP", diz Ana Rita Gil (Centro de I&D sobre Direito e Sociedade). E, deste modo, "consagra-se na lei um dos aspetos que era um dos mais tidos em conta na jurisprudência dos tribunais portugueses, quando se pretendia provar se a pessoa tinha ou não ligação efetiva com a comunidade portuguesa".
Neste momento, existem no Parlamento vários projetos de alteração à lei da nacionalidade. Um destes projetos seria não mais adotar o princípio de jus sanguinis, mas sim, o de jus soli. Segundo o deputado José Manuel Beleza: "O nosso projeto pretende que quem nasce em Portugal deve ter nacionalidade portuguesa e isso deve ser automático, não dependendo, como agora acontece da expressão de vontade posterior das pessoas em causa".
Contudo, segundo a investigadora Ana Rita Gil (Centro de I&D sobre Direito e Sociedade): "O jus soli puro nunca correspondeu a uma tradição nossa", pois o que importa é encontrar mecanismos para "facilitar a aquisição da nacionalidade a filhos de imigrantes, por exemplo, através de formas mais favoráveis de naturalização das crianças".
Portanto, projetos ainda tramitam no Parlamento para que outras questões em relação à Lei de Nacionalidade alterem a mesma.


2 comentários:

  1. BOA NOITE. SOU ANALFA NESSA QUESTAO DE CIDADANIA NO ENTANTO ESTOU AQUI TENTANDO JUNTAR PAPEIS COMO TODOS QUE QUEREM SER CIDADAO PORTUGUES, POIS MEU AVÔ ERA PORTUGUES SÓ QUE NINGUEM NUNCA SE INTERESSOU POR ISSO ATE QUE EU RESOLVI AGORA DEPOIS DE APOSENTADO VIVER EM PORTUGAL, POREM ALGUMAS COISAS ME ESQUENTAM A CABEÇA. COM A NOVA LEI EU PRECISAREI PROVAR VINCULO EFETIVO COM PORTUGAL OU EU ENTENDI ERRADO.?
    SE PUDER ME RESPONDER EU FICAREI MUITO AGRADECIDO.

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    1. Boa Noite! Espero poder te ajudar na explicação. Sim, você tem que provar sua efetiva ligação a comunidade como uma ligação a uma comunidade cultural portuguesa da sua cidade ou varias idas a Portugal, enfim, ter alguma coisa que liga a Portugal.

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